
Em uma investigação de uma semana, Cabrini faz importantes revelações sobre os bastidores da guerra entre facções que produziu execuções bárbaras e decapitações. O jornalista percorre corredores sombrios, encontra os túneis cavados, esconderijos onde se ocultavam armas de fogo e valas onde ficavam homens executados.
Em Alcaçuz, Cabrini consegue ficar frente a frente com importantes líderes das organizações criminosas, que se enfrentam em uma região onde também se mata pela disputa do tráfico de drogas fora do presídio.
O programa mostra como vivem os presos, suas rotinas, o que acontece por trás das grades e a ação dos agentes especiais da Força Nacional Penitenciária. O telespectador vai acompanhar o resultado de uma semana de investigação no local onde o confronto aconteceu.
O programa mostra também os relatos das mulheres que perderam maridos e filhos decapitados, além de conversar com o secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, que enfrenta pressões de todos os lados com a missão de administrar uma crise que não termina. Cabrini questiona como ele responde a críticas e acusações de que parte de seus homens facilitaram a entrada de armas e por que a onda de conflitos se espalhou com tanta violência em vários presídios do país.
Confira trechos da entrevista de um dos líderes de uma das facções, que participou da rebelião:
“Você se arrepende do que fez? [Cabrini]
Olha, se eu disser que eu me arrependo, eu vou estar mentindo. Porque, como eu disse, esses caras já mataram mãe da gente, mataram criança.
Você se arrepende de ter cortado cabeças? [Cabrini]
Não, eu não me arrependo, não. Porque a criança de três anos de idade que eles mataram e a nossa família que eles vivem expulsando aí, eles não tem arrependimento. E ainda mandam áudio dizendo que tem que caçar nossas famílias.
Você faria novamente? [Cabrini]
Com certeza. Isso aí é coisa normal pra gente que vive nessa vida.
Você sentiu o que? [Cabrini]
Nada.
Era um ser humano, com a cabeça decepada… [Cabrini]
Era, mas se fosse a gente também, eles tinham feito a mesma coisa ou pior.
Mas por que decepar a cabeça? [Cabrini]
Porque é a regra da cadeia."
fonte: PORTAL N10
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