quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O CAPSMAF PRECISA DO APOIO DA ATENÇÃO BÁSICA DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU

Direção do CAPS  de São José de Mipibu participa de reunião no Hospital João Machado.

Atualmente, o Centro de Atenção Psicossocial Manoel Amaro Freire de São José de Mipibu - o CAPSMAF - está com uma demanda exacerbada e com uma superlotação. Uma das principais razões é a falta de diálogo e entendimento entre esta instituição e a Atenção Básica do município, para onde o paciente, após passagem pelo CAPS, deve retornar. Em muitos casos, pessoas chegam ao acolhimento do centro psicossocial, mas com perfis que não dizem respeito a qualquer tipo de transtorno ou, até mesmo, dependência química. Uma perda de tempo e uma sobrecarga de trabalho à equipe.

Em reunião, no Hospital João Machado, a diretora daquela unidade, a psicóloga Eloá, disse que São José de Mipibu, atualmente, tem enviado muitos pacientes à Natal (ou os que buscam espontaneamente). "Se há o envio constante de pacientes até, aqui, é porque a Atenção Básica não está acolhendo, devidamente, este cidadão. Em muitos casos, situações que poderiam ser resolvidas no território, por meio de uma medicação e consultas periódicas, são encaminhadas aos CAPS e, consequentemente, às urgências. Esses serviços são substitutivos aos famigerados e ultrapassados manicômios. Se a pessoa chega a uma urgência, sinal de que a base acolhedora, em muitos casos, falhou" - disse a Diretora do João Machado.

Imediatamente, a direção do CAPS se reuniu e planejou um mapeamento e cronograma para visita e diálogo com médicos e profissionais dos postinhos e com os PSF. Em muitos casos, como Saúde Mental é uma temática mais específica, alguns profissionais talvez não entendam o que é... para que serve... e como se constitui a dinâmica de trabalho psicossocial.

"Faremos uma escala, para que a equipe técnica visite essas unidades de saúde. Se possível, dependendo da disponibilidade, um dos objetivos principais é levar a nossa psiquiatra ou outro profissional ligado à área de saúde mental para dialogarem com os médicos, sobretudo, a fim de que estes acolham mais e não enviem indevidamente pacientes até nossa instituição" - explanou o diretor administrativo do CAPS, Alexandre Freire.

Após a reativação dessa atividade fundamental, denominada Matriciamento, uma nova capacitação será agendada com o grupo de saúde mental da SESAP, para discussão dos mais diversos tipos de transtornos.

Um dos grandes desafios de qualquer rede de saúde é o trabalho coeso, de mãos dadas entre todas as unidades, a fim de que tenhamos uma prestação de serviço pautada na boa qualidade e, principalmente, no atendimento de excelência ao paciente.

Matéria e fotos: Alexandre Freire

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