Para amenizarem os problemas causados pela seca no semiárido é preciso que haja soluções emergenciais e outras a médio e longo prazos. Essa foi a constatação central após as exposições de debate em torno do tema “Os Efeitos da Seca e as Medidas de Convivência com o Fenômeno”, na audiência pública realizada que começou à tarde e só terminou depois das 9h da noite desta segunda-feira (7) na Assembleia Legislativa, numa proposição do deputado Fábio Dantas (PCdoB).
Ao final do debate, Fábio Dantas anunciou que nesta terça- feira, encaminhará ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta (PROS) a solicitação para a criação de uma comissão permanente na Casa para acompanhar o problema da seca no Estado.
Algumas tecnologias sociais foram colocadas como soluções para a convivência com os efeitos da seca no Rio Grande do Norte, tendo como base a descentralização da água. Entre elas estão a estocagem da água, produção de forragem, perfuração e instalação de poços e a construção de barragens submersas, barragens sucessivas e barreiros trincheiras.
A audiência pública, que foi bastante concorrida, contou com a presença dos deputados Ricardo Motta, Fernando Mineiro (PT), Getúlio Rêgo (DEM), Gustavo Fernandes (PMDB), Antônio Jácome (PMN), Hermano Morais (PMDB) e Tomba Farias (PSD).
O secretário de Agricultura do Estado, Tarcísio Dantas disse que o governo está profundamente empenhado em encontrar soluções para o enfrentamento dos efeitos da seca. “Não é por falta de tecnologia que isso não acontece. O que não existe é uma política nacional permanente de crédito agrícola para o semiárido. Sem uma solução definitiva vamos permanecer na penúria”, afirmou.
No entanto, as reclamações foram generalizadas pelos representantes dos sindicatos de trabalhadores rurais e de pequenos e médio proprietários que participaram dos debates. Segundo eles, não há planejamento e as providências anunciadas pelo governo não chegam ao campo.
A representante do Grito da Seca, Joana D`arc Pires afirmou que é preciso viver no semiárido, mas faltam políticas públicas permanentes para a convivência com os efeitos da seca. “As providências precisam sair dos gabinetes, sair do papel”, asseverou.
“Se o campo não produz, a cidade não come. A Emater está fechada para balanço. Estamos pedindo da Assembleia que corrija isso”, afirmou Cristino Jerônimo, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caicó.
Em sua participação, o deputado Ricardo Motta que em momento algum a Assembleia ficará omissa e o “que for deliberado nesta audiência, com certeza levaremos ao plenário da nossa Casa e aí poderemos cobrar ações concreta do governo do Estado e também do governo federal por meio da nossa bancada”.
A representante do Ministério Público nos debates, Promotora de Justiça Gerliana Araújo Rocha propôs à Mesa dos trabalhos que solicite do governo do Estado, por escrito, as soluções imediatas e de médio e longo prazos para minimizarem os efeitos provocados pela seca.
Os pecuaristas reclamaram muito da falta de compromisso do governo com o Programa do Leite que está com cinco quinzenas em atraso no pagamento aos fornecedores.
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