O ECO DAS RUAS - PELA ESCRITORA MIPIBUENSE, LÚCIA AMARAL

               

           Não somos mais A VOZ SOLITÁRIA que clama no deserto, nem podemos mais esperar nenhuma mudança significativa nesse nosso país, se continuarmos apáticos, imóveis e oprimidos por um sistema corrosivo e antiquados praticados há muitos anos nessa nação.

         Hoje somos a massa unida para mudar os rumos desse Brasil verde e amarelo, amado e respeitado pela juventude sadia que pretende colocá-lo em novos rumos. Hoje nós tiramos as pedras que impediam o caminho para que todos – unidos e de mãos dadas – possam cantar o nosso hino e desfraldar nossa bandeira com o peito estufado de orgulho e seguir buscando novos horizontes e novas esperanças para nós e nossos filhos.

         O Brasil hoje está melhor, pois seu povo saiu do casulo do medo e veio às ruas dar seu grito de nova independência; esse grito abafado durante anos e anos ecoou alto e foi ouvido pelos quatro cantos da nação brasileira e fora dela.

            Já não somos mais a VOZ SOLITÁRIA daquela mãe, implorando uma vaga para seu filho num hospital público, que abandonado pelo governo não tem uma infraestrutura adequada para o atendimento do povo; já não estamos mais sozinhos, como aquela família que perdeu o filho para uma bala perdida, nos costumeiros confrontos entre polícia e bandido, pelo despreparo dos órgãos de segurança pública que coloca nas ruas policiais venais; hoje vemos uma perspectiva de esperança numa educação real e não maquiada para o consumo externo, onde o aluno aprenda com vontade e os professores ensinem de verdade, e haja respeito mútuo para que os resultados sejam positivos. Estamos nas ruas desse meu Brasil, para dizer UM BASTA às arcaicas instituições que não acompanharam a evolução do mundo, às velhas raposas políticas que insistem em se perpetuarem no poder sugando o povo e corrompendo a sua boa fé com a antiga prática – ultrapassada por sinal – do “Coronelismo” interiorano.

            O Brasil hoje é representado por milhões e milhões de vozes que aprenderam – não a clamar – mas a gritar e exigir que as suas instituições se reciclem, seus governantes se renovem e acompanhem os  anseios do povo, e que o Brasil seja passado a limpo para que nessa mudança seja escrita uma nova história: A HISTÓRIA DE UMA JUVENTUDE RESPONSÁVEL E ORDEIRA, QUE QUER UMA REVOLUÇÃO SEM ARMAS, por ter cansado da violenta rotina de descaso, corrupção e  impunidade.

         Na maior arquibancada dessa Copa – que ora se realiza no Brasil -  estamos vendo o verdadeiro jogo entre o VELHO Brasil dos caciques políticos e dos currais eleitorais e o NOVO Brasil de um povo comprometido com a sua maior riqueza que é a  cidadania.

Não queremos a mudez da ditadura nem a surdez da democracia. A rua nos ensinou a reconhecer a coragem que temos a força que mostramos ao mundo e a certeza que esse país jamais será o mesmo depois do que fizemos. “...Nunca, na história desse país, tantas vozes se juntaram para pedir MUDANÇA JÁ!!!

(MARIA LÚCIA AMARAL)

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