Indiscutivelmente, a Praça dos Engenhos, localizada, em uma das principais entradas de São José de Mipibu, apresenta ricos detalhes artísticos de boa qualidade, sobretudo, nas esculturas de argila que representam o cenário em questão.
Porém, além do trabalhador do roçado, do carro de boi e do homem da moenda, toda essa representação fora descaracterizada, tendo em vista a falta de dois outros personagens fundamentais: O SENHOR DE ENGENHO E O ESCRAVO!, bem como outras cenas e espaços não contemplados na história do pórtico mipibuense.
Segundo a história mostrada nos livros e ensinada na escola, os Senhores oprimiam, humilhavam e exploravam de todas as formas absurdas os pobres negros e negras.
Alguém poderia questionar... "Mas seria absurdo retratar tais atitudes!". Até, entendo, porém, acaba sendo uma obra tendenciosa e não mostra a verdadeira história cultural do nosso povo, o qual, provavelmente, era explorado por aqueles que detinham o poderio econômico na época dos engenhos da cana de açúcar.
Em alguns engenhos do nosso estado, até hoje, ainda, visualizamos a Senzala, lugar onde habitavam os escravos acorrentados e um verdadeiro símbolo da exploração e humilhação humana.
Por ocasião da inauguração desse pórtico, muitos até afirmaram ser símbolo de desenvolvimento econômico para o município e para o povo, porém, na verdade, nesse contexto, os únicos, de fato, beneficiados eram os SENHORES DE ENGENHO.
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