Joaquim José da Silva Xavier (TIRADENTES)
O passado não abre as
suas portas para que entendamos melhor a pena de Tiradentes. No entanto, nos
campos sem fim que corta nossos sonhos vemos subindo no ar uma forma serena de
um homem que hipotecou a sua vida por um ideal; uma vaga forma desprendida do
tempo, uma mão que acenava de longe. A mão do Alferes Joaquim José da Silva
Xavier.
Em Minas, a Minas de toda esperança e
de todo seu desespero, como um bandoleiro qualquer, os soldados o prenderam.
Ele que veio para trabalhar para todos foi abandonado, porque todos os amigos
tremeram, todos os amigos fugiram e só ficou o Alferes. Foi acusado e sem
amigos nem parentes, sem casa fazenda ou lavras assumiu toda responsabilidade.
Foi o salvador que não se salvou, foi o resgate da nossa liberdade.
Joaquim José da Silva Xavier sofreu na
pele a pior das tiranias: aquela que persegue o espírito; um espírito
libertário e de ideais nascidos na esperança de um povo subjugado. Mas ele
venceu o medo, expôs sua dignidade quando o esquartejaram e altaneiro derramou
o seu sangue em prol do Brasil, porque os governantes quando não sabem fazer-se
estimar, recorrem à tirania para se fazer temidos.
Tiradentes, por força da profissão que
exercia. Alferes, na tentativa de entender o significado de comandar. Mártir,
como uma maneira de confiar ao país, a semente nobre dos ideais que acalentou
quando derramou seu sangue para que - no futuro - esse país tão amado pudesse fazer uma colheita pródiga.
Hoje, o sentimento de liberdade que
Tiradentes acalentou por toda a sua vida, enfrentou percalços, derrubou
regimes, construiu caminhos e navega ainda nas águas turbulentas da
intolerância e do desamor. Hoje, o Brasil caminha por caminhos “nunca antes
caminhados.” O medo, a angústia e a revolta permeiam a vida desses caminhantes
temerosos, desses homens que ainda não entenderam a mensagem do Alferes.
TIRADENTES: SEU IDEAL FOI SUBLIME E O SEU GESTO, NOBRE!
Lúcia Amaral
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