Mulher assassinada brutalmente era usuária do CAPS Mipibuense
O
Blog Mipibu News procurou a direção do CAPS da cidade de São José de
Mipibu, para tentar esclarecer algumas questões acerca da vida de Maria
Marluce da Silva, conhecida popularmente como "Boneca ou Caípa".
A
mesma fazia acompanhamento na unidade desde o ano de 2009, no entanto,
sua última visita àquela casa ocorreu no dia 24/01/2012, o que mostra a
falta de interesse dos responsáveis pela mesma em tentar amenizar os
transtornos enfrentados por ela.
Em
30/07/2012, a direção do CAPS realizou uma visita domiciliar, no Bairro
do Pau Brasil, onde "Boneca" teoricamente morava. Ao chegar ao local a
equipe não obteve êxito em falar com a cuidadora da usuária, que no
momento encontrava-se fora de casa. Mesmo assim, a equipe conversou com
um cunhado da mesma, e na ocasião foram tratadas algumas questões sobre
ela.
O atual diretor do CAPS, Alexandre Freire, nos mostrou alguns documentos que comprovam que a mesma há muito tempo não frequentava a instituição. "Renan,
trabalhamos com denúncias, mas nada se torna possível, se nossa equipe
não tiver a ajuda, principalmente, das famílias dos usuários", disse.
"Boneca"
foi encontrada morta, na manhã de hoje, 19 de Abril, em uma casa
abandonada, localizada próxima a uma sucata, às margens da BR 101. Um
crime brutal, tendo em vista que, a vítima estava com pedaços de pau
introduzidos na vagina e anus.
fonte: Blog Mipibu News (Renan Silva)
Alexandre Freire, Diretor do CAPS
Em princípio, toda a família CAPSMAF de São José de Mipibu lamenta o brutal assassinato da senhora Maria Marluce da Silva, popularmente conhecida por Boneca, e, ao mesmo tempo, externa os votos de pesar aos familiares.
Marluce, há alguns anos, frequentou o CAPS como usuária intensiva (todos os dias estava na instituição) e, a exemplo das demais pessoas que buscam os serviços, seja de forma espontânea ou encaminhada, sempre teve um tratamento diferenciado, participando de consultas psiquiátricas, oficinas temáticas com diferentes profissionais, grupos terapêuticos psicológicos, atendimentos individualizados, atividades físicas e outros momentos de lazer, recebimento de medicação, além de ser contemplada com as refeições servidas diariamente.
Mesmo afastada dos serviços, o que estava ao alcance da nossa equipe foi feito. Inúmeras vezes, ligamos para familiares, fizemos visitas domiciliares, mas as pessoas (cuidadores ou membros de família) que deveriam unir forças com o CAPS não se interessaram pela saúde desta paciente. Somos um serviço aberto a qualquer pessoa, mas precisamos do apoio da sociedade para que os casos cheguem ao nosso conhecimento.
Que Deus receba de braços abertos a nossa querida e inesquecível ex-usuária, Maria Marluce.
Alexandre Silva Freire
Diretor Administrativo do CAPSMAF
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